Ritual da Fogueira
Uma fogueira cigana faz a mente flutuar, a lua madrinha no céu brilha iluminando os segredos que estão no ar. A sombra vermelha se agita faz o corpo arrepiar pois sabe-se que a chama bendita faz a verdade triunfar. A fogueira cigana a unidade espiritual da tribo. Para os trabalhos espirituais um portal. Em torno dela, todos se reúnem para celebrar a magia da vida: a força, o amor e a sabedoria que a arte do fogo nos traz.
A responsabilidade da fogueira é do homem, as mulheres não tocam nela, nem em nenhum de seus elementos. Os ciganos utilizam o fogo para a magia, pois dizem que é na chama do fogo que os mistérios da vida são revelados, queimam carmas e tristezas. A lenha estala, pés batem no chão, fagulhas sobem em direção às estrelas, olhos "calientes" batem palmas, palmas para a chama, a chama que aquece a paixão, a paixão que pulsa, pulsa dentro de cada coração.
É a festa da alma cigana! Com suas longas saias rodadas, xales, leques e mistérios, a cigana dança para fazer magias e encantamentos, para atrair a boa sorte, brincar com o destino e conquistar, eternamente o coração de seu amado.
A Slava
Toda criança cigana tem seu santo protetor, escolhido por seus pais e avós. Todos os anos é feita uma grande festa, no dia do santo protetor, em agradecimento e homenagem a ele.
No centro da mesa é colocada a imagem do santo com uma vela ao lado.Oferece-se flores, Poquatá (pão, que pode ser uma broa), vinho, frutas e incenso. Depois de acesa a vela, o pai e a criança giram o pão e recitam rezas de agradecimento. O avô parte o pão em 4 pedaços e derramam vinho sobre elas, que são beijadas pelo pai e filho e o pão é recolocado na mesa. A Slava é apagada e os presentes dividem o pão bento e fazem os seus pedidos em segredo.
Nos rituais religiosos, é feito de maneira diferente. Em uma mesa é colocada a imagem com a slava (vela), à frente da mesa o Poquatá. Quando a slava é acesa ele é dividido em 4 partes e molhado com o vinho, os convidados da festa aproximam-se e fazem seus pedidos e orações espetando o dedo no Poquatá. São distribuídos pequenas broas para que a pessoa coloque dentro do pote de arroz na sua residência para chamar prosperidade.
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